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Florianópolis (SC) – O Departamento de Arbitragem da Federação Internacional de Tênis (ITF) confirmou no final do ano passado a promoção de mais dois árbitros brasileiros. A gaúcha Paula Vieira Souza recebeu a certificação Gold Badge como Juíza de Cadeira, o nível mais alto que um profissional do ramo pode alcançar, e o pernambucano Rafael Maia foi promovido a Silver Badge como Juiz de Cadeira. Com isso, Paula se tornou a primeira mulher na América Latina a alcançar esta certificação, obtida por apenas nove mulheres no mundo. Já Rafael se junta a Fabio Souza, que recebeu a certificação Silver Badge como Juiz de Cadeira no final de 2016. Atualmente, os dois são os únicos árbitros a possuírem esta titulação na América do Sul.
Tanto Paula quanto Rafael iniciaram suas carreiras participando dos Cursos Nacionais de Arbitragem promovidos pela Confederação Brasileira de Tênis. A gaúcha fez o curso em julho de 1999, em Porto Alegre, enquanto o pernambucano foi até Maceió para participar de seu primeiro curso em abril de 2002. Os dois atuaram nos mais diversos tipos de torneios, também como juízes de linha até somarem experiência o suficiente para consolidar suas carreiras na atual posição.
"O ponto de partida da minha carreira foi o Curso de Arbitragem da CBT. O Ricardo Reis foi meu professor, a quem eu chamo carinhosamente de "mestre", ressaltou Paula. "Ser promovida a Gold Badge, com certeza, é o sonho de todos os árbitros de cadeira no mundo. É uma experiência única e inesquecível. Agradeço a cada etapa que tive, cada momento difícil e a todos os que sempre me ajudaram, mesmo com uma simples palavra", completou a Juíza de Cadeira Gold Badge.
“São merecedores de uma promoção tão importante para suas carreiras. Ambos se dedicam 100% a esse trabalho e vêm desempenhando em alto nível há anos. Finalmente conquistaram mais um degrau importante. Precisamos reconhecer e parabenizar os dois neste momento, depois de tanto esforço e dedicação para alcançarem essas posições”, enalteceu o coordenador de Arbitragem da CBT, Ricardo Reis.
Anualmente, A ITF realiza duas reuniões para avaliação da arbitragem. Uma para revisar a situação dos árbitros certificados White/Green Badge e outra para os internacionais: Bronze, Silver e Gold Badge. Neste segundo encontro, representantes da ITF, de Grand Slams, ATP e WTA discutem árbitros promovidos ou rebaixados com base na atuação deles durante a temporada.
Referência na arbitragem da América Latina, o Brasil manteve boa parte de seu grupo de árbitros nas mais altas certificações e garantiu a continuidade deles nos principais torneios do mundo para a próxima temporada. A temporada passada também foi bastante positiva para o Departamento de Arbitragem da CBT. O país encerrou 2017 com 54 certificações, sendo 32 homens e 7 mulheres, divididos nas funções Referee, Chefe de Juízes, Juiz de Cadeira e Review Official. Foram dois Cursos Nacionais realizados, em Palmas (TO) e São Carlos (SP).
Também houve um Workshop para juízes de cadeira e outros dois para árbitros gerais. Em relação aos cursos internacionais, quatro brasileiros foram aprovados na escola Nível 3 da ITF em São Paulo, três deles como juízes de cadeira bronze badge - todos com o apoio da CBT.
Os árbitros brasileiros estiveram presentes em vários torneios profissionais ao longo do ano, com destaque para Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open, além de diversos torneios do circuito ATP e WTA (Europa, Ásia e América do Norte), Copa Davis e Fed Cup. Apenas em Wimbledon, foram 14 árbitros brasileiros, inclusive com juízes de linha atuando nas finais de simples, assim como em Roland Garros e no ATP Masters de Londres.
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